Para Refletir

Há momentos na vida difíceis de serem suportados, em que a única vontade que sentimos é de chorar, pois parecem arruinar para sempre nossa vida. Quando um destes momentos chegar, lembre-se que ainda não chegou o fim, que a sua história ainda não acabou e que ainda há esperança. Corrie Ten Boom disse: "não há abismo tão profundo que o amor de Deus não seja ainda mais profundo". Este amor você encontra aqui, um lugar de esperança, consolo e paz, e aqui encontrará a oportunidade de conhecer a verdadeira vida, uma vida abundante com Cristo.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

ESTUDO DO LIVRO DE DANIEL. LIÇÃO VI: BELSAZAR: UM HOMEM QUE NÃO APROVEITOU AS OPORTUNIDADES E MORREU SEM ESTAR PREPARADO PARA ENCONTRAR-SE COM DEUS

ESTUDO DO LIVRO DE DANIEL: A SOBERANIA DE DEUS NA HISTÓRIA
PARTE I: AS INTERVENÇÕES DIVINAS
LIÇÃO VI: BELSAZAR: UM HOMEM QUE NÃO APROVEITOU AS OPORTUNIDADES E MORREU SEM ESTAR PREPARADO PARA ENCONTRAR-SE COM DEUS
Dn  5.1-31
INTRODUÇÃO
Belsazar era filho ou neto de Nabucodonosor, rei da Babilônia, o qual foi alcançado pela graça de Deus, mas não sem antes passar pelo juízo de Deus, porque a despeito de tantas oportunidades resistiu em se converter a Deus. Primeiro Nabucodonosor teve a oportunidade de conviver de perto com homens de Deus: Daniel e seus três amigos; ele pôde ver e ouvir por várias vezes o testemunho destes homens. Nabucodonosor sonhou com uma estátua que muito lhe perturbou e somente Daniel pôde dizer a ele o significado daquele sonho, que era uma revelação de Deus para ele, tanto que depois de ouvir a Daniel disse: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério (Dn 2.47). Mas isto não foi suficiente para quebrantar o coração de Nabucodonosor, pois logo em seguida ele manda construir uma estátua de ouro dele mesmo e ordena que todos a adorem. Os amigos de Daniel se recusaram e foram condenados a morrerem na fornalha de fogo. Deus libertou os amigos de Daniel do poder destruidor do fogo diante dos olhos do rei que, vendo aqueles homens saírem da fornalha sem um único chamusco, disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus (Dn 3.28). Mas ainda assim ele não se rendeu a Deus. Um dia teve outro sonho e mais uma vez somente Daniel pôde lhe revelar seu significado. Desta vez era um ultimato de Deus, que se ele não se convertesse Deus o tiraria do trono e ele voltaria somente depois de se quebrantar diante de Deus. Ele não se converteu, Deus colocou nele uma doença rara e ele foi expulso do trono e de diante dos homens, sendo jogado no pasto para comer capim como um animal, até que um dia levantou os olhos e se quebrantou diante de Deus e disse: Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba (Dn 4.37). Agora sim, ele se converteu, pois quando não ouvimos a voz do amor de Deus podemos ouvir a voz de seu juízo.
Belsazar viu tudo isso, acompanhou tudo isso, testemunhou tudo isso, mas, Belsazar, apesar de tantos exemplos e advertências não se humilhou e continuou no caminho da desobediência e morreu sem arrependimento. Ele tapou os ouvidos a todas as vozes da graça de Deus. Ele fechou os seus olhos a todas as evidências do amor de Deus até o dia em que Deus diz para ele: Basta! Chega! E ele teve que comparecer perante o tribunal de Deus sem estar preparado para isso.
A história de Belsazar nos ensina que há uma linha invisível que separa a paciência de Deus da ira de Deus. Os que persistem em andar no caminho da desobediência e resistem a Deus podem cruzar essa linha invisível e quando a cruzam não há mais chance de arrependimento. Muitas pessoas já cruzaram esta linha e estão hoje inexoravelmente condenados. Deus concede ao homem muitas oportunidades, variadas oportunidades, mas chega um dia em que Deus diz para este homem chega! Basta! E este homem que brinca com a sua graça, que zomba do pecado, que escarnece da bondade e da paciência de Deus tem que ir prestar contas com Deus. E neste dia só resta para este homem uma expectativa horrível de juízo e de condenação eterna. Vamos ver o que a história de Belsazar tem a nos ensinar.
01 – A ENTREGA DISSOLUTA DO REI AOS PRAZERES CARNAIS
Diz a Bíblia que Belsazar dá uma grande festa, uma festa de arromba para as pessoas mais altas de seu reino, os nobres de seu reino. Uma festa na noite em que seu reino iria cair. Exatamente na mesma noite em que Deus iria chama-lo para uma prestação de contas.
A) No Dia de Sua Morte o Rei Está Festejando
1  O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil.
Eles não se apercebiam do risco, do perigo, da ameaça de que aquela seria a noite fatídica da queda da Babilônia, a noite da prestação de contas do rei e de muitos outros que estavam ali. Eles estavam à beira de um abismo e não estavam se dando conta disso. Veja que naquela noite, o rei Dario estava desviando o curso do rio Eufrates, mudando o leito do rio Eufrates, e com algumas pessoas estava entrando pelo local seco do leito e marchando pelo leito do rio para entrar na inexpugnável cidade de Babilônia para tomá-la. E enquanto o rei e seus nobres e, talvez, os homens responsáveis pela segurança da cidade se embebedavam, Dario estava entrando na cidade, saqueando a cidade, tomando posse da cidade, dominando a cidade e destruindo o megalomaníaco Império Babilônico. O império estava caindo e o rei estava banqueteando. Aquela era a sua última noite, seus últimos momentos e o rei estava se embriagando.
Muitas pessoas também não se apercebem do risco que correm. Estão à beira da morte, nas barras do juízo de Deus e continuam anestesiadas pelos seus pecados. A Bíblia diz que quando Jesus voltar para assentar-se no trono para julgar, os homens estarão comendo, bebendo, casando-se, dando em casamento, vivendo completamente despercebidos do perigo, vivendo completamente desligados da possibilidade do juízo, vivendo para o agora, vivendo por prazer, vivendo para os deleites da carne, do mundo como se Deus não existisse, como se a eternidade não existisse, como se não houvesse um juízo.
B) O Limite de Seu Pecado: A Profanação
2  Enquanto Belsazar bebia e apreciava o vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tirara do templo, que estava em Jerusalém, para que neles bebessem o rei e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas.
3  Então, trouxeram os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da Casa de Deus que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas.
Este homem usa a sua glória, o seu poder, a sua influência para soltar os freios de uma vida de devassidão, de imoralidade, de decadência sem limites. E não há nada mais desastrado do que alguém que está com o poder nas mãos, com dinheiro no bolso e se entregar a luxúria, aos prazeres, e perder o senso e perder o equilíbrio. O rei errou ao abusar da bebida. A bebedeira produz consequências desastrosas. Quem bebe está soltando os freios de mão do domínio próprio e depois não dá mais para puxar o freio. As pessoas que se entregam à bebedeira perdem o controle, perdem o domínio próprio, perdem o siso, perdem a razão, perdem a vergonha. O caminho da embriaguez é o caminho da ruína. A estrada da embriaguez é a estrada da vergonha, da derrota e da morte.
Provavelmente é por causa da embriaguez que este homem enche a taça da ira de Deus ao mandar trazer os utensílios do templo de Deus para participar de sua festa devassa, para profaná-los de forma estúpida e infame. Neste momento ele dá mais um passo na direção da sua ruína, porque isso despertou o zelo de Deus. O rei coloca os vasos do templo do Senhor nas mãos dos seus convidados e lidera a orgia. Eles escarnecem do sagrado e exaltam o profano.
Aquele rei quis descobrir alguma coisa que desse mais sabor em sua festa, porque as pessoas que tem dinheiro, que tem poder, que tem tudo nas mãos, de repente tudo vira monótono em suas vidas e nada mais tem graça. São pessoas que tem tudo, mas ao mesmo tempo não tem nada. E o rei achou que trazer os vasos do templo daria uma sensação diferente em sua festa. E veja que neste momento Belsazar se torna pior, mais degradado do que seu próprio avô, Nabucodonosor, que pegou os vasos do templo, mas com toda a idolatria de Nabucodonosor, ele respeitou, dentro da sua compreensão, os vasos do templo, porque nunca os usou de forma pessoal. E profanar as coisas de Deus é um grave pecado. Usar os vasos do templo, consagrados para o culto ao Senhor, em um bacanal, foi uma terrível ofensa à santidade de Deus. O rei estava zombando de Deus e escarnecendo das coisas de Deus.
Por causa de uma confiança mágica do povo israelita na Arca da Aliança, Deus permitiu que ela fosse roubada pelos filisteus, mas quando os filisteus não entenderam que de fato ela era um objeto sagrado de Deus e a quiseram usar de uma maneira profana, Deus sentenciou os filisteus.  E quando Belsazar quis usar os vasos do templo de Deus para outras finalidades, Deus sentenciou aquele rei.
Nós não podemos tocar de maneira ímpia, profana, pecaminosa as coisas que são santas ao Senhor. Lançar mão das coisas santas de Deus para outras finalidades que não aquelas que Deus estabeleceu desperta a ira de Deus, porque Deus tem zelo pelas suas coisas.
C) A Afronta de Seu Pecado: A Idolatria
4  Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.
Além de profanar as coisas de Deus o rei ainda promove a idolatria. Ele usa os vasos do templo para louvar suas falsas divindades, seus deuses de ouro de prata e de madeira. A Bíblia diz que estes deuses são deuses que não podem ouvir, que não podem ver, que não podem falar, são deuses que não tem poder e estes eram os deuses do rei, mas o Deus a quem a vida do rei estava a este ele não glorificou.
A idolatria é um pecado ofensivo a Deus. A idolatria é uma expressão de profunda cegueira espiritual. A idolatria provoca a ira de Deus. Paulo, ao falar da degradação espiritual dos homens, ele diz que eles servem a criatura em lugar do criador, que eles mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança de coisas corruptíveis e que isso provocou a ira de Deus contra as suas vidas.
Quantas vezes o homem está vivendo regaladamente no pecado. Quantas vezes as pessoas estão vivendo desapercebidamente, gostosamente no pecado, como se não tivesse um dia em que terão que comparecer diante de Deus para prestar contas de sua vida e muitas vezes os homens estão nesta festança exatamente no próprio momento, no próprio dia em que Deus diz para ele: Basta! Chega! Chegou a sua hora! Foi o que aconteceu com Belsazar.
02 – A IMEDIATA RESPOSTA DE DEUS AOS PECADOS DO REI
No mesmo instante, apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via os dedos que estavam escrevendo.
Durante a festa, diante de todos, apareceram uns dedos de mão de homem e escreveram as palavras Mene, Mene, Tequel e Parsim na parede. Claro que o episódio acabou com todo o folguedo da festa e emudeceu o rei que ansiosamente queria saber o significado daquelas palavras. Aquele homem foi solenemente perturbado pelo dedo de Deus durante o seu ato de insubordinação. Veja que em um minuto Deus pode mudar a história de uma pessoa.
A) Deus Transforma os Prazeres do Pecado em Perturbação
6  Então, se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro.
O ruído dos copos e das taças cessou. A conversa emudeceu. As mãos ficaram imóveis. Em poucos segundos todo o ambiente estava transformado. A festa, o folguedo, as risadas, tudo no mesmo instante cessou. A alegria acaba e a festa termina e o desespero toma conta de todos. Num piscar de olhos, tudo terminou para o monarca arrogante, porque Deus havia anotado todos os seus pensamentos, todas as suas palavras e todas as suas obras, e, agora, encontra-o e apresenta-lhe a conta! A alegria do pecador realmente dura muito pouco.
Não é esta a realidade do homem hoje que tenta viver os prazeres do pecado? Veja que de repente Deus vem e transforma toda aquela risada e todo aquele folguedo em uma situação de medo, de pavor, de horror e de vergonha, e esta é a sensação de toda pessoa que busca a satisfação no pecado, porque a alegria do pecado existe, mas ela é curta demais, ela é insuficiente e termina com um terrível desgosto.
B) A Impotência da Sabedoria Deste Mundo Quanto aos Mistérios de Deus
7  O rei ordenou, em voz alta, que se introduzissem os encantadores, os caldeus e os feiticeiros; falou o rei e disse aos sábios da Babilônia: Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua interpretação será vestido de púrpura, trará uma cadeia de ouro ao pescoço e será o terceiro no meu reino.
8  Então, entraram todos os sábios do rei; mas não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei a sua interpretação.
9  Com isto, se perturbou muito o rei Belsazar, e mudou-se-lhe o semblante; e os seus grandes estavam sobressaltados.
O rei chamou pelos sábios e magos da Babilônia, mas eles são impotentes, não podem discernir as coisas espirituais e nenhum deles pôde falar ao rei sobre o que significariam aquelas palavras, porque elas eram uma mensagem de Deus ao rei e somente um homem de Deus, com o Espírito de Deus poderia fazê-lo.
A sabedoria humana não pode ajudar um homem aflito em rebelião contra Deus. Por isso que o homem decaído se aprofunda cada vez mais no abismo em que caiu, porque o homem em pecado, afastado de Deus, passa por muitas angústias, e onde ele tende a procurar uma saída, uma explicação para suas angústias? Onde as pessoas quando estão desesperadas correm? Nos sábios deste mundo, nos místicos ou nos feiticeiros deste mundo, nos terreiros de umbanda, nas cartomantes, na astrologia, mas eles não encontram respostas neles, porque Deus confunde os sábios do mundo com os seus mistérios.
C) Deus se Utiliza de Seus Servos Para Transmitir a Sua Mensagem
10  A rainha-mãe, por causa do que havia acontecido ao rei e aos seus grandes, entrou na casa do banquete e disse: Ó rei, vive eternamente! Não te turbem os teus pensamentos, nem se mude o teu semblante.
11  Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos; nos dias de teu pai, se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria como a sabedoria dos deuses; teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai, ó rei, o constituiu chefe dos magos, dos encantadores, dos caldeus e dos feiticeiros,
12  porquanto espírito excelente, conhecimento e inteligência, interpretação de sonhos, declaração de enigmas e solução de casos difíceis se acharam neste Daniel, a quem o rei pusera o nome de Beltessazar; chame-se, pois, a Daniel, e ele dará a interpretação.
13  Então, Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o rei e disse a Daniel: És tu aquele Daniel, dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?
14  Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham luz, inteligência e excelente sabedoria.
15  Acabam de ser introduzidos à minha presença os sábios e os encantadores, para lerem esta escritura e me fazerem saber a sua interpretação; mas não puderam dar a interpretação destas palavras.
16  Eu, porém, tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretações e solucionar casos difíceis; agora, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, terás cadeia de ouro ao pescoço e serás o terceiro no meu reino.
Deus confronta os pecadores através de seus servos. Quando o rei está perturbado a rainha mãe apresenta a solução para a aflição do rei. Ela lembra ao rei de Daniel, um homem diferente, um homem de Deus, um homem que tem luz, inteligência, conhecimento, sabedoria e espírito excelente, um homem que tem um passado bonito, que já deu testemunho de entender das coisas mais complexas, de ter respostas para os problemas mais intrincados. E Belsazar que não quis dar ouvidos às mensagens de Daniel, servo do Deus Altíssimo, durante os dias da sua vida, agora, na hora da sua morte precisa ouvi-lo.
O problema de Belsazar era o pecado. A Bíblia diz que o pecado separa as pessoas de Deus e leva à morte, foi exatamente isso que aconteceu com Belsazar. Ele recebeu de Deus inúmeras oportunidades, mas não soube aproveitar nenhuma delas. A despeito de seu conhecimento quanto a soberania de Deus em nenhum momento ele a reconhece, antes confronta ao Senhor quanto ao seu zelo e Deus, então, resolve cessar as oportunidades deste homem e decreta sua sentença no momento de seu pecado.
Deus exige o castigo merecido pelo pecado, mas nem sempre castiga na hora da transgressão, porque Deus é amor e o amor é paciente. E quando a Bíblia afirma que Deus é paciente está dizendo que Ele demora em se irar. A paciência é um aspecto muito importante do amor de Deus, ela é uma qualidade divina mencionada várias vezes na Bíblia. A paciência de Deus é vista nos dias de Noé, dando tempo para os homens se arrependerem enquanto a Arca é construída. Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel para manter a honra do seu próprio nome:
9  Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar (Is 48.9).
Podemos ver esta mesma longanimidade em nossas vidas. Se Deus castigasse cada pessoa no momento do seu pecado, o que seria de cada um de nós? Deus seria perfeitamente justo se Ele castigasse o pecador na hora de seu pecado, mas Ele escolhe ser paciente. Entretanto, a paciência tem limites, e quando ultrapassamos estes limites Deus pode aplicar a sua justiça.
D) A Seriedade de Daniel
17  Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação.
Daniel mostra o seu caráter insubornável. Ele não faz a obra de Deus por dinheiro. Ele não vende seu ministério. Ele não busca favores dos poderosos deste mundo, das autoridades deste mundo, dos homens com alto poder aquisitivo. Ele rejeita os presentes do rei porque Daniel não procurava recompensa ou favores. Que atitude contrária do que estamos assistindo hoje. Quantas pessoas estão se vendendo em nome de Deus. Quantas pessoas estão comercializando seu ministério. Quantas pessoas estão cobrando para falar em nome de Deus. Quantas pessoas que só pregam, só dão palestras e só cantam se tiverem um cachê.
Daniel podia muito bem ter uma atitude diferente. Ele era o único homem ali que tinha a resposta sobre a interpretação daquelas palavras, Ele poderia achar merecido toda aquela recompensa. Mas Daniel diz que não queria presentes porque não vendia o seu ministério, mas ele disse que tinha uma palavra para o rei e não alisa para o lado do rei, pelo contrário, mostra para ele a sua verdadeira situação, porque percebeu que aquela era a última hora de vida do rei.
A mensagem ao rei foi sem rodeios. Quantos hoje estão relativizando o Evangelho de Deus a pecadores que estão nos portais do inferno. Quantas pessoas estão indo para o inferno com seus pastores passando a mão sobre as suas cabeças para não contradizê-los, para não confrontá-los, para que não deixem a sua igreja e procure outra para congregar. Atalaias que um dia prestarão contas a Deus de seus ministérios.
03 – A BASE DE SUA CONDENAÇÃO: A PROFANAÇÃO APESAR DE SEU CONHECIMENTO A RESPEITO DE DEUS
O conhecimento das coisas de Deus nos torna responsáveis e quanto mais luz nós temos, mais responsáveis somos diante de Deus. O rei pereceu não por falta de luz, mas por cegueira deliberada. Ele morreu não por ignorância, mas por rebeldia.
A) Os Exemplos que Torna o Rei Indesculpável
18  Ó rei! Deus, o Altíssimo, deu a Nabucodonosor, teu pai, o reino e grandeza, glória e majestade.
19  Por causa da grandeza que lhe deu, povos, nações e homens de todas as línguas tremiam e temiam diante dele; matava a quem queria e a quem queria deixava com vida; a quem queria exaltava e a quem queria abatia.
20  Quando, porém, o seu coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória.
21  Foi expulso dentre os filhos dos homens, o seu coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; deram-lhe a comer erva como aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele.
22  Tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que sabias tudo isto.
Veja que Belsazar com certeza presenciou todos os acontecimentos relatados nos primeiros capítulos de Daniel sobre as interferências de Deus na vida de Nabucodonosor, porque ele devia ter a mesma idade de Daniel. Ele viu o testemunho da Daniel e de seus amigos. Ele testemunhou a firmeza daqueles moços que preferiram a morte à apostasia. Ele viu como Deus libertou os amigos de Daniel da fornalha e como testemunhou Nabucodonosor e proclamou para o mundo que não há Deus que salva, que liberta como o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Ele viu como de maneira tão dramática Nabucodonosor foi arrancado do trono e jogado no pasto junto com os animais, até que seu coração foi humilhado e convertido.
Portanto, Belsazar foi um homem que viu Deus agindo na sua família tratando de modo pessoal com alguém próximo a ele, com testemunhos fortes e eloquentes dentro de sua própria casa, dentro do palácio. O verdadeiro Deus fora louvado e adorado no palácio que agora ele ocupava como rei. Mas a despeito de tantas vozes, de tantos sinais ele tapou seus ouvidos, fechou seus olhos e endureceu seu coração.
Este é um perigo que os homens correm hoje também. Quantas pessoas que também crescem em um lar onde há testemunho do Evangelho, quantas pessoas pertencem a uma família onde há testemunho cristão e a despeito de verem os sinais da graça de Deus e serem testemunhas dos milagres da transformação de Deus na vida de seus familiares, endurecem seus corações ao Evangelho redentor do Senhor Jesus Cristo, se fecham para a graça de Deus e ainda conspiram contra a graça de Deus.
B) A Primeira Falta: Não se Quebrantou Diante de Deus
22  Tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que sabias tudo isto.
Belsazar viu o que aconteceu com o rei Nabucodonosor, indo comer capim com os bois, porque endureceu a sua cerviz. A despeito disso esse rei ainda mantém o seu orgulho, a sua soberba e a sua incredulidade. Ele viu o exemplo de seu pai e não se humilhou e não se quebrantou diante de Deus. E ele é tão cego que faz promessas, porque ainda não consegue enxergar sua ruína, pois ele faz promessas aos sábios da Babilônia e a Daniel, promessas que não pode cumprir. Ele ainda pensava que podia honrar aqueles que prestassem favores e nem sabia que naquela noite ele morreria e seu império estaria nas mãos de outro rei. O homem não administra o futuro quem administra o futuro é Deus.
Belsazar foi um homem que desprezou o conhecimento de Deus e nem lhe deu glória a despeito de conhecer as verdades de Deus. Belsazar não era um homem ignorante, o que acontece com ele é a impiedade, que é quando o homem, a despeito de conhecer a verdade, nega e rejeita esta verdade. Ele conhecia a verdade, mas não aceitava ser guiado por ela. Ele conhecia a verdade, mas a rejeitou deliberadamente para viver regaladamente em seu pecado.
C) A Segunda Falta: A Profanação com os Utensílios do Templo
23  E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu, e os teus grandes, e as tuas mulheres, e as tuas concubinas bebestes vinho neles...
Já falamos sobre este assunto em um tópico acima, mas Belsazar se rebelou contra Deus. Ele se levantou contra Deus. Ele se insurgiu contra Deus deliberadamente, porque ele mandou trazer os utensílios do templo de Deus, consagrados ao uso para Deus, para neles se embebedar. E louco é aquele que desafia ao Deus Soberano, louco é aquele que afronta este Deus de misericórdia, mas que também é um fogo devorador em sua ira.
D) A terceira Falta: Idolatria: Não Reconhece a Soberania de Deus
23  ... além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.
A idolatria é uma afronta a Deus. Adorar a outros deuses é levantar-se contra o Senhor. Também já falamos desse assunto em outro tópico acima, mas Belsazar deixou de reconhecer que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens. E foi este o ponto nevrálgico que Deus trabalhou com Nabucodonosor, o qual teve que tornar-se um homem louco para entender que quem manda é Deus, que quem domina é Deus. Mas Belsazar, apesar de ver isso, não se arrependeu e não reconheceu que Deus é o Deus que tem o domínio sobre todos os reinos dos homens. Nabucodonosor demorou muitos anos para entender isso. Mas seu filho não está reconhecendo, antes se prostra e adora a outros deuses, dá louvores aos deuses de ouro e pedra e não exalta ao Deus em cujas mãos estava a sua vida, e por isso ele é confrontado.
Este é o grande perigo de todos nós. É um perigo para os políticos, dos homens que assumem o poder, porque pode parecer que porque eles têm a caneta eles detêm o poder. Este também é o grande risco daqueles que estão em posição de destaque, em pensar que somente porque eles detêm a capacidade de administrar que eles têm o poder nas mãos. E aí do homem, por mais poderoso que seja, o qual acredita que é ele quem tem o poder nas mãos. O poder pertence a Deus. É Deus quem põe no trono e é Deus quem tira do trono. É Deus quem reveste de autoridade e é Deus quem tira a autoridade. É Deus quem exalta e é Deus quem humilha.
04 – A PRONUNCIAÇÃO DE SUA SENTENÇA
24  Então, da parte dele foi enviada aquela mão que traçou esta escritura.
25  Esta, pois, é a escritura que se traçou: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM.
No meio da debochada festa desregrada misteriosamente dedos escrevem quatro palavras. Quatro palavras que confrontam não somente ao rei, mas a todos aqueles festeiros. Quatro palavras que põem abaixo o rei e seu reino. E agora Daniel passa a interpretar as quatro palavras misteriosas dirigidas a um homem que foi condenado no tribunal de Deus.
A) MENE
26  Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele.
Mene, mene.Trata de uma repetição em função de dar ênfase a mensagem. Elas significam que Deus contou o seu reino e deu cabo dele, ou seja, os dias de Belsazar estavam contados e Deus decidiu trazer o fim do seu reino, terminar com o período do seu reinado. Durante todos aqueles anos, Deus lhe deu oportunidades, lhe deu tempo, mas ele se recusou a se humilhar diante de Deus e a reconhecer a sua soberania. Agora Deus chega de repente e diz para ele: Basta! Acabou! É uma coisa triste quando Deus chega a dizer isso para o ser humano, disser para ele que o seu tempo acabou, disser para ele que as oportunidades cessaram.
B) TEQUEL
27  TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta.
Deus o pesou na balança e o achou em falta. Deus pesou cada ato da sua vida. Ele tomou nota das oportunidades que ele perdeu desde a sua juventude, anotou todos os convites que ele recebeu e desprezara. Deus anotou na balança todos os seus pecados ocultos, todos os seus pecados de rebeldia. Deus colocou na balança as suas desordens, as suas bebedeiras, a sua rejeição às coisas santas, a sua resistência às coisas sagradas. Deus colocou na balança a sua soberba e o seu orgulho. E quando Deus coloca tudo na balança Deus o acha em falta. E sabe o que acontece com o homem achado em falta com Deus? No dia do acerto de contas com Ele tem que pagar a dívida. Esta é a divida que Jesus pagou lá cruz do Calvário. Por isso que, aqueles que têm Jesus não tem mais esta dívida com Deus porque ela já foi paga por Cristo e a nota promissória foi rasgada, acabou!
Muitas vezes Deus parece estar dormindo e o homem está vivendo largamente em seu pecado. O homem está vivendo na dissolução e Deus parece não estar fazendo nada. O homem está vivendo na rebelião e Deus parece não estar fazendo nada. Mas na verdade Deus está dando corda ao homem, o deixando viver em liberdade, o deixando ir adiante, mas há um momento em que Deus acorda e quando Deus acorda o homem rebelde fica desamparado. Chega um momento em que Deus coloca o homem na balança e naquele momento quem for achado em falta, quem rejeitou a graça de Deus, quem desprezou a misericórdia de Deus vai ficar desamparado diante do Trono de Deus.
Deus nem sempre julga o homem no exato momento de seu pecado. Já pensaram se Deus fizesse assim? No momento em que o homem está maquinando o pecado Deus fosse lá e cortasse o seu fôlego de vida? No momento em que o homem está na prática de seu pecado Deus fosse lá e parasse o seu coração? E este fato de nem sempre a prestação de contas com Deus acontecer concomitantemente no mesmo tempo da prática do pecado dá ao homem pecador uma leve sensação de alívio e ele pensa que nunca vai ter que prestar contas de sua vida a Deus. Ele acha que se sairá impune de suas atitudes porque conclui que se Deus não julga imediatamente não o fará de modo algum depois. Porém Deus tem uma balança e Deus está pesando em sua balança todos os dias. Ele pesa em sua balança toda zombaria e afronta. Nada é esquecido. Ele registra todos os convites para vir a Cristo que foram rejeitados. Anota cada desprezo à sua ordem de arrependimento. Deus tem cada ação do homem gravada no céu. Deus registra tudo!
C) PERES ou PARSIM
28  PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas.
Peres quer dizer dividido. Deus está dizendo para ele: dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas. O mesmo Deus que dera o reino a Nabucodonosor, pai de Belsazar, agora o dá aos medos e aos persas. Não é que Deus dividiu a Babilônia, mas sim que a Babilônia seria entregue nas mãos de um império que tinha duas ramificações: Os medos e os persas. Por isso que na estátua de Nabucodonosor este império foi representado pelo peito com os dois braços, que era um reino menor que a Babilônia, mas que dominou a Babilônia porque ela foi entregue a eles por Deus. O próprio Deus que deu o reino a Nabucodonosor é o mesmo Deus que agora está pegando o reino de Belsazar e dando este reino ao reino medo-persa. É Deus quem domina. É Ele quem é o Senhor da História.
D) O Cumprimento da Sentença
29  Então, mandou Belsazar que vestissem Daniel de púrpura, e lhe pusessem cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem que passaria a ser o terceiro no governo do seu reino.
30  Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus.
31  E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino.
E não foi somente o reino que Belsazar perdeu. Ele perdeu também o reino de Deus. Ele morreu e não estava preparado para se encontrar com Deus. A única coisa que lhe restava era a expectativa horrível do juízo e do fogo vingador. Isso nos lembra do que diz o autor de Hebreus:
26  Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados;
27  pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.
29  De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?
31  Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Hb 10.26-27,29,31).
O rei atravessou a linha divisória da paciência de Deus e naquela mesma noite, enquanto ele se banqueteava, enquanto ele festejava, diz o historiador Heródoto o seguinte:
Naquela noite Dario desviou o Eufrates para um novo canal e guiado por dois desertores marchou pelo leito seco rumo a cidade, enquanto os babilônicos farreavam em uma festa a seus deuses.
Belsazar estava dando uma festa na noite de sua morte. Deus deu um ano para Nabucodonosor se arrepender, mas Belsazar cruzou a linha da ira de Deus e naquela mesma noite ele pereceu. Viver no pecado é loucura, porque horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
CONCLUSÃO
Belsazar não aproveitou a sua última oportunidade. No momento em que Deus fez a sua chamada final ele estava bêbado. Naquela mesma noite Belsazar morreu e chegou ao fim um reino que dominou a maior parte do mundo conhecido. Aí daqueles que deixam passar as oportunidades! Não sabemos qual vai ser o dia quando Deus vai dizer para o homem ou para a mulher Chega! Basta! Acabou! Nós não sabemos quando será e qual será este dia por isso a Bíblia diz:
Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar (Is 55:6-7).
O juízo de Deus pode vir sobre os ímpios rapidamente sem que eles tenham tempo para se preparar. Cuidado, a Bíblia diz que quem zomba do pecado é louco. Os prazeres carnais são passageiros e não compensam, pois podem terminar em grande desgosto. É loucura procurar prazer e deleite nas festas do mundo, porque no mundo você só encontra choro, dor, decepção, vergonha e opróbrio.
O destino das nações e o destino dos homens estão nas mãos de Deus. O destino da sua vida está nas mãos de Deus. A sua vida depende de Deus. Ele tem o poder de cortar o seu fôlego de vida na hora que Ele quiser, portanto, humilhe-se diante deste Deus, renda-se a Ele incondicionalmente ainda hoje. Que Deus te abençoe a fazer aquilo que Belsazar não fez. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia principal:
Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.
Rev. Hernandes Dias Lopes: Estudos sobre o livro de Daniel


sábado, 10 de junho de 2017

ESTUDO DO LIVRO DE DANIEL. LIÇÃO V: A LOUCURA DE NABUCODONOSOR: A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS NA SALVAÇÃO DE UM HOMEM

ESTUDO DO LIVRO DE DANIEL: A SOBERANIA DE DEUS NA HISTÓRIA
PARTE I: AS INTERVENÇÕES DIVINAS
LIÇÂO V: A LOUCURA DE NABUCODONOSOR: A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS NA SALVAÇÃO DE UM HOMEM
Dn 4.1-37
INTRODUÇÃO
A graça de Deus na salvação do homem. Cremos firmemente nesta verdade bíblica muita bem expressada no livro de Efésios capítulo dois. A graça de Deus é soberana e o chamado de Deus é irresistível, e a história de hoje nos mostra essa verdade de maneira muito eloquente. Ela nos mostra a manifestação extraordinária da graça de Deus para levar o soberbo rei Nabucodonosor à conversão.
Já estudamos a manifestação divina no povo de Judá, na vida de Daniel e de seus amigos, e hoje vamos ver a intervenção divina na vida e no reinado do rei Nabucodonosor. A história de hoje nos mostra que o livro de Daniel não apenas nos revela a soberania de Deus sobre os governos deste mundo, sobre todas as nações, revelando que o seu Reino domina sobre tudo e sobre todos, mas este livro também nos revela a soberania de Deus na salvação de uma pessoa. Vejamos algumas lições que esta história tem para nós:
01 – O HISTÓRICO DA MANIFESTAÇÃO DE DEUS NA VIDA DE NABUCODONOSOR
1  O rei Nabucodonosor a todos os povos, nações e homens de todas as línguas, que habitam em toda a terra: Paz vos seja multiplicada!
2  Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
3  Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas, as suas maravilhas! O seu reino é reino sempiterno, e o seu domínio, de geração em geração.
Estas palavras são de uma pessoa convertida. Daqui pra frente Nabucodonosor vai dizer o que Deus fez em sua vida para ele finalmente reconhecer que somente Deus é Soberano. E Deus já estava agindo na vida deste homem desde a muito tempo.
A) Deus Colocou Pessoas Crentes na Companhia Deste Homem
Este foi um grande privilégio deste rei. Deus colocou dentro do palácio de Nabucodonosor a Daniel e seus três amigos. Estes jovens eram crentes, fiéis, piedosos, que andavam com Deus e eram cheios da graça de Deus. Eles tinham fibra e coragem para testemunhar do Deus Soberano; e Nabucodonosor conviveu de perto com estes homens. Mas o convívio de pessoas crentes, por si só, não converte ninguém, ainda que sejam crentes excepcionais como aqueles quatro jovens. Portanto, caso alguém da sua família, ou alguém achegado a você não é convertido e mantém seu coração endurecido à graça de Deus, saiba que o convívio com gente crente, que tem o testemunho cristão, que tem exemplo cristão é o primeiro passo de Deus na salvação destas pessoas. Portanto, não deixe de testemunhar. Mas Deus faz algo a mais para alcançar Nabucodonosor:
B) Deus lhe Mostrou Que Só o Reino de Deus é Eterno
Isso aconteceu no primeiro sonho de Nabucodonosor. Deus mostrou para ele que todos os reinos deste mundo, por mais esplendorosos, ricos e opulentos são reinos vulneráveis. Ele sonhou com uma estátua cuja cabeça era de ouro, cujos troncos e braços eram de prata, cujos quadris eram de bronze, cujas pernas e pés eram de ferro e os dedos de ferro e barro. A interpretação deste sonho era que ele, Nabucodonosor, era a cabeça de ouro, que o tronco e os braços de prata representavam o império que iria suceder o seu, e logo depois viria outro império substituindo e sucedendo aquele, representado pelos quadris de bronze e, por fim, o mundo seria dominado pelo último império, representável pelas pernas de ferro. Mas na figura do sonho uma pedra não trabalhada por mãos humanas bate nesta estátua, nos seus pés de barro e toda a estátua se transforma em pó. E a ideia é que no tempo do último império um novo reino iria se levantar, um reino eterno que jamais seria destruído. E foi na época deste império que Jesus Cristo nasceu e que o Reino de Deus chegou nele e este reino, desde então, vem crescendo até que finalmente domine todo o mundo e o Senhor Jesus Cristo, depois de subjugar todos os seus inimigos de debaixo dos seus pés, entregará o Reino ao seu Deus e Pai.
Deus revelou para Nabucodonosor que somente o Reino de Deus é eterno, que este Reino jamais seria destruído, e ele foi levado a contemplar a ruína de sua religião e de seu império, sendo levado a confessar que Deus é o Deus dos deuses, pois depois da interpretação de Daniel ele disse: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério (Dn 2.47). Ele ficou impressionado, reconheceu que Deus existe, chegou a reconhecer que o Senhor é o maior de todos os deuses, mas ele não se converteu, mesmo conhecendo esta verdade o seu coração não foi convertido, pois logo em seguida ele esquece a sua confissão e faz uma estátua de si e ordena que todos a adorem. Portanto, é possível que um homem entenda a verdade, é possível que um homem entenda a sua limitação, é possível que um homem entenda que só Deus é Deus e mesmo assim não seja convertido. Mas Deus não desiste daquele homem:
C) Deus Lhe Mostrou Que Somente Ele Pode Libertar
Veja que depois de seu sonho e de sua interpretação ao invés deste homem se humilhar ele se exalta, porque logo depois Nabucodonosor faz uma hedionda estátua de ouro, representando ele mesmo, e ordena que todos a adorem. Ele quer ser adorado, ele quer ser Deus, ele perdeu sua convicção anterior de que Deus é o Deus dos deuses e agiu em direta contradição às verdades que recentemente confessara. As palavras de sua boca não alcançaram o seu coração. Mas ele encontra resistência nos três amigos de Daniel, que não se prostram diante da sua estátua mantendo fidelidade irrestrita ao Deus dos céus. E por causa do testemunho destes homens este rei vai ver o livramento miraculoso de Deus na fornalha ardente que o leva mais uma vez a declarar: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus (Dn 3.28).
Ele reconhece que nenhum outro deus pode libertar senão o Deus dos céus, mas mesmo sabendo que nenhum deus pode livrar como o Deus vivo ele ainda não é convertido a esse Deus, porque esse Deus é apenas o Deus dos outros e não é o Deus da sua vida. Ele sabe que Deus faz milagre, que Deus liberta que Deus faz maravilhas, mas este Deus não é o Deus do seu coração, mas é o Deus de Mesaque, Sadraque e Abede Nego e não o seu deus pessoal.
E hoje isto se repete, pois muita gente fica impressionada com Deus. A verdade de Deus as cativa e as entusiasma, ficam inquietas com o que ouvem, mas não dão lugar ao Evangelho, não dão espaço para Jesus em seus corações. Hoje, talvez, Deus é o Deus do seu marido, da sua esposa, de seus pais, de seus filhos, dos seus amigos, mas não é o seu Deus pessoal. Eles sabem que Deus livra, que Deus salva, que Deus liberta, mas eles ainda não estão comprometidos com Ele. E Deus contínua manifestando a sua graça ao rei:
D) Deus Mostra Para Nabucodonosor que Somente Ele Tem Domínio Sobre o Reino dos Homens
Mais uma vez Deus vai falar com aquele homem, mais uma vez Deus vai mostrar a Sua Soberania para ele e este será o último expediente de Deus para a conversão de Nabucodonosor. Ele tem outro sonho e desta feita o sonho que ele tem o deixa absolutamente perturbado. Deus usou este sonho para quebrar as resistências de Nabucodonosor. Deus levou esse homem à loucura para converter o seu coração endurecido. Como foi este sonho? Vamos ver o sonho, a sua interpretação e o seu cumprimento.
02 – O SONHO: INICIATIVA DE DEUS PARA CONVERTER UM HOMEM
Observe que a iniciativa é de Deus, assim como nas manifestações anteriores. Nabucodonosor não fez nada, não moveu um só dedo para contribuir com qualquer das manifestações de Deus em sua vida. Isso nos faz lembrar o que está escrito em Efésios:
8  Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
não de obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8-9).
A) O Sonho Perturbador do Rei
4  Eu, Nabucodonosor, estava tranquilo em minha casa e feliz no meu palácio.
5  Tive um sonho, que me espantou; e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as visões da minha cabeça me turbaram.
Diz a Bíblia que este sonho perturbou o rei e ele, como da última vez, pois não aprendeu a lição, mandou chamar os magos, os interpretes e os sábios da Babilônia, mas eles não puderam dar ao rei a interpretação.
6  Por isso, expedi um decreto, pelo qual fossem introduzidos à minha presença todos os sábios da Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
7  Então, entraram os magos, os encantadores, os caldeus e os feiticeiros, e lhes contei o sonho; mas não me fizeram saber a sua interpretação.
Só então ele manda chamar a Daniel:
8  Por fim, se me apresentou Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, dizendo:
9  Beltessazar, chefe dos magos, eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil; eis as visões do sonho que eu tive; dize-me a sua interpretação.
A Bíblia não diz por que ele não chamou logo a Daniel sabendo que da última vez ele buscou os magos e eles não puderam resolver o problema e foi Daniel quem trouxe a solução. Creio que pelo fato dele não exigir, como da primeira vez, que eles adivinhassem primeiro qual era o sonho seja o motivo, pois o rei tinha certeza que seus magos lhe dariam uma resposta. E o rei conta seu sonho a Daniel:
10  Eram assim as visões da minha cabeça quando eu estava no meu leito: eu estava olhando e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande;
11  crescia a árvore e se tornava forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos confins da terra.
12  A sua folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e todos os seres viventes se mantinham dela.
13  No meu sonho, quando eu estava no meu leito, vi um vigilante, um santo, que descia do céu,
14  clamando fortemente e dizendo: Derribai a árvore, cortai-lhe os ramos, derriçai-lhe as folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela e as aves, dos seus ramos.
15  Mas a cepa, com as raízes, deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo. Seja ela molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja, com os animais, a erva da terra.
16  Mude-se-lhe o coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ela sete tempos.
17  Esta sentença é por decreto dos vigilantes, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer e até ao mais humilde dos homens constitui sobre eles.
18  Isto vi eu, rei Nabucodonosor, em sonhos. Tu, pois, ó Beltessazar, dize a interpretação, porquanto todos os sábios do meu reino não me puderam fazer saber a interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.
Este sonho colocava o dedo de Deus na ferida do rei. Ele reconhece a ineficiência dos seus magos e a grandeza da sabedoria de Daniel. Acontece que como esta mensagem era de Deus e era uma mensagem que exigia mudança de vida os magos não tinham competência para transmitir esta mensagem ao rei, mas tão somente um servo de Deus transformado pelo poder de Deus. Daniel sim tinha esta autoridade, pois era servo do Deus Altíssimo e transmitiu ao rei a Palavra de Deus.
B) A Interpretação Corajosa de Daniel ao Sonho do Rei
E como a pregação da Palavra de Deus nunca é fácil, quando Daniel ouve o sonho ele se turba, porque a mensagem não era boa e entregar um recado destes ao rei não era tão simples.
19  Então, Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o turbavam. Então, lhe falou o rei e disse: Beltessazar, não te perturbe o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar e disse: Senhor meu, o sonho seja contra os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos.
A mesma dificuldade que Natã teve ao confrontar Davi no seu pecado, a mesma dificuldade que João Batista teve ao confrontar Herodes, Daniel também a encontra neste momento, porque a mensagem que ele tem que entregar para o rei é grave, é seríssima e é contra ele. Em Israel, muitos profetas morreram por terem de falar mensagem semelhante. Ele começa dizendo que a árvore frondosa, que cresceu e tornou-se notória, grande, poderosa, esplêndida era o próprio rei.
20  A árvore que viste, que cresceu e se tornou forte, cuja altura chegou até ao céu, e que foi vista por toda a terra,
21  cuja folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos as aves do céu faziam morada,
22  és tu, ó rei, que cresceste e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu e chega até ao céu, e o teu domínio, até à extremidade da terra.
E Daniel continua na sua interpretação:
23  Quanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, que descia do céu e que dizia: Cortai a árvore e destruí-a, mas a cepa com as raízes deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; seja ela molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem sobre ela sete tempos,
24  esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto do Altíssimo, que virá contra o rei, meu senhor:
A ordem para cortar a árvore vem do céu, como um decreto do Deus Altíssimo. E Daniel passa ao rei o que Deus decretou:
25  serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
O significado é que o rei seria expulso de entre os homens para morar com os animais do campo como um bicho. Mas não seria para sempre, havia um tempo determinado:
25  serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
Quanto tempo? Não sabemos! A Bíblia não fala se eram sete dias, sete semanas, sete meses ou sete anos, fala apenas que eram sete tempos, e como o número sete na Bíblia é o número da perfeição, é o tempo suficiente para Deus realizar a sua obra na vida daquele homem, porque em tudo isso havia um propósito:
25  serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
Este era o propósito, a conversão do rei, ou seja, até que reconheça que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens. E olha a misericórdia de Deus, depois que o rei passar pela humilhação e quebrantamento, Deus mesmo vai restaurá-lo:
26  Quanto ao que foi dito, que se deixasse a cepa da árvore com as suas raízes, o teu reino tornará a ser teu, depois que tiveres conhecido que o céu domina.
Isso nos faz lembrar o Salmo 103 que diz:
O SENHOR é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno.
Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira.
10  Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades.
11  Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.
12  Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.
13  Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.
14  Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó (Sl 103.8-14).
Mesmo sendo dura a mensagem Daniel a transmite em sua íntegra. Isso nos desafia a sermos fiel na pregação do Evangelho, a não relativizar a mensagem do Evangelho, a não pregar um Evangelho brando com medo de ferir e afugentar as pessoas, a não ter receio de falar do Diabo, falar dos demônios, falar do inferno e a falar do juízo de Deus. Sejamos ousados ao transmitir o Evangelho e deixa que os resultados provenham do Espírito de Deus.
C) A Mensagem Oportuna de Daniel ao Rei
Daniel aproveita a oportunidade e dá um conselho ao rei e ele não abranda as coisas para o rei não, ele diz:
27  Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados e em tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade.
O conselho de Daniel para o rei era que o rei pudesse refletir e pensar acerca da sua situação. O bom pregador é aquele que aproveita as oportunidades. Esta foi a interpretação do sonho e o sonho se cumpriu literalmente.
D) O Cumprimento Fiel da Palavra de Deus
28  Todas estas coisas sobrevieram ao rei Nabucodonosor.
29  Ao cabo de doze meses, passeando sobre o palácio real da cidade de Babilônia,
Depois de algum tempo de ter ouvido a mensagem de Deus Nabucodonosor estava feliz e calmo passeando no palácio a despeito do solene aviso de Deus. Pode imaginar uma coisa dessas? Depois de uma palavra em que lhe fora dito que ele iria comer capim com bois, iria perder seu reino, já que ele não queria ouvir a voz de Deus o rei não leva a sério esta palavra e continua vivendo a vida gostosamente, passeando pelo seu palácio, como se nada estivesse acontecendo, como se Deus não tivesse falado nada.
30  falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?
Ele exalta-se em vez de dar glória a Deus.  Eu, meu, minha. Ele era a causa, o meio e a finalidade de tudo que acontecia no seu reino. Tudo girava em torno da realeza imperial. Ele não enxerga ninguém além dele mesmo, é alguém que se coloca no pedestal, que quer que os outros o adorem e ele mesmo adora a si mesmo. A Bíblia diz que a soberba precede a ruína. Em vez de reconhecer Deus, este homem se exalta e a autoexaltação torna o homem cego, tolo e endurecido.
31  Falava ainda o rei quando desceu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino.
32  Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
33  No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os homens e passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves.
Tudo o que Daniel falou para o rei aconteceu literalmente. Nabucodonosor, em vez de se humilhar, não atendeu a mais este alerta de Deus e por isso foi arrancado do trono, expulso de entre os homens para viver como um animal do campo pelo tempo designado por Deus.
Veja que a prosperidade, a fama, a exaltação não é a garantia de segurança. A prosperidade não é garantia contra a adversidade. Nabucodonosor era rei de reis, um grande conquistador, um verdadeiro estadista, um guerreiro por excelência, um construtor de visão alargada, pois tinha feito da Babilônia a mais esplêndida cidade do mundo. Ele era um homem que tinha poder, riqueza e fama. Seu reino era glorioso e extenso. Apesar de toda esta pompa e glória e poder Deus o arrancou do trono, Deus o levou para o campo, Deus fez dele um bicho, um animal, e ele nada pôde fazer para evitar que isso acontecesse. E permaneceu assim até que acontecesse a sua conversão:
34  Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
A conversão de Nabucodonosor pode ser vista através de evidências: Ele glorifica a Deus: e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre. Este homem, ao olhar para cima, agora começa a glorificar a Deus. Até agora ele só olhava para baixo, para a terra. Como aquele rico insensato que construiu só para esta vida e Deus o chamou de louco. Muitos levantam os olhos tarde demais como o rico que desprezou Lázaro. Ele levantou seus olhos, mas já estava no inferno. Você tem glorificado a Deus diante de tantas oportunidades que Deus tem lhe dado? Ou você tem cometido a loucura desse homem. Este é o tempo que temos para nos curvar ante ao Deus todo poderoso. E o rei continua em seu testemunho:
35  Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
Ele confessa a soberania de Deus. O propósito de Deus foi alcançado. Agora ele entende que não há Deus além do Senhor. Não há quem pode deter a mão de Deus e lhe dizer o que fazes? Deus é soberano. Não era ele, Nabucodonosor o soberano, era Deus. E o rei também testemunha a sua restauração. Ele se volta para Deus e Deus na sua misericórdia ainda se compadece dele e restaura o seu reino.
36  Tão logo me tornou a vir o entendimento, também, para a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária grandeza.
E por fim aquele homem adora a Deus:
37  Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.
Agora ele não adora ao Deus dos outros, ele adora ao Deus da sua vida. Esta é a obra de Deus, e o que ele pode fazer para salvar um homem.
03 – A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO DO HOMEM
Esta é a principal lição dessa história e ela nos mostra alguns aspectos maravilhosos da ação de Deus na salvação do homem. E o que vemos primeiro?
A) A Dureza do Coração do Homem que Rejeita Ouvir a Voz de Deus
Não dar atenção a um alerta é muito perigoso. Nabucodonosor estava calmamente passeando pelo palácio depois de uma palavra de alerta vindo de Deus. Do mesmo modo quantas pessoas estão hoje vivendo uma calma perigosa, vivendo de uma maneira tranquila, dormindo o sono da morte, quando na verdade deveriam era estar clamando por misericórdia, deveriam mesmo era estar com o rosto em terra. Jesus começou o seu ministério dizendo: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus (Mt 3.2). Os apóstolos continuaram este ministério dizendo: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados (At 3.19). Apocalipse mostra que o juízo de Deus é iminente, está pronto para acontecer e alerta a todos a se arrependerem de seus pecados. A Igreja de Deus tem sido a voz de Deus para alertar o mundo do iminente juízo de Deus, de que o fim dos tempos está próximo, que a volta de Cristo está prestes a acontecer, mas apesar de tantos alertas tudo o que vemos é o homem andando calmamente, vivendo gostosamente a sua vida como se nada estivesse acontecendo.
O problema é que o homem está vivendo perdido em seus pecados. E mais grave ainda é que há um grande abismo debaixo de seus pés, de forma que inferno está de boca aberta abocanhando os desavisados, os despercebidos, àqueles que estão ignorando os alertas de Deus. Os demônios querem levar à perdição, junto com eles, o máximo de pessoas que eles puderem antes que o tempo deles se acabe. E diante disso o homem está calmo e tranquilo, só que prestes a cair no abismo, sem parar para imaginar o destino trágico de sua alma. Ah! Se ele pudesse perceber o perigo em que se encontra a sua alma, ele cairia com o rosto em terra e gritaria por socorro. Portanto, o tempo é de emergência e não de folia.
Deus deu um tempo para Nabucodonosor se arrepender. A palavra era uma palavra séria, solene para ele, mas ele não mudou o rumo de sua vida, não mudou o curso de sua vida. Aquele homem continuou endurecido, rebelde, soberbo e não se curvou diante da Palavra de Deus. Depois de um ano que o rei escuta a Daniel e não se arrepende Deus envia o juízo e tudo o que Deus falou aconteceu na vida daquele homem. Da mesma maneira, durante séculos, Deus tem alertado a humanidade e ela tem desprezado o alerta de Deus. A Bíblia diz que Deus está velando à porta do pecador para lhe abrir os olhos. Jesus falou: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo (Ap 3.20). Mas o homem tem fechado a porta de seu coração para Jesus e de repente chegará sobre ele o juízo de Deus e o homem não terá escapatória.
B) O Quebrantamento do Homem Impenitente
É o que pode acontecer quando o homem endurece o seu coração diante de Deus. E como Deus opera este quebrantamento no homem? Não é exaltando-o, mas o humilhando. É assim que Deus quebranta as pessoas. E este processo de quebrantamento do homem vem do céu; é intervenção divina. Por isso é Deus quem quebra o orgulhoso e é Deus quem fere o soberbo. E sabe por quê? Porque quando o homem não escuta a voz da graça, ouve a voz do juízo de Deus. Quem não escuta a misericórdia divina vai ter que confrontar a ira divina. Sempre que o homem não escutar a voz da graça ele vai escutar a trombeta do juízo. Deus abriu para o homem a porta da misericórdia e do arrependimento, se ele não quiser entrar por ela Deus o empurra para o corredor do juízo. Foi o que aconteceu com Nabucodonosor.
E olha que este quebrantamento pode ser repentino, porque a paciência de Deus tem limite. O cálice da ira de Deus se enche. Chega um ponto que Deus diz: Basta! Portanto louco é aquele que zomba do pecado, porque horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Por isso cuidado, porque o homem que muitas vezes endurece a sua cerviz será quebrado repentinamente. Foi isso que Deus fez com Nabucodonosor.
E este quebrantamento é terrível. O rei ficou louco. Deus o fez descer ao fundo do poço, colocando nele uma doença, uma enfermidade em que ele perdeu a razão, ele perdeu o equilíbrio emocional e o equilíbrio mental. Deus tirou o seu entendimento. Ninguém pôde ajudá-lo, mesmo ele sendo o homem mais rico e mais poderoso da terra. Nem a sua riqueza pôde livra-lo e evitar aquele desastre, nem um médico da Babilônia pôde curar a sua doença, ninguém pôde tirá-lo desse poço fundo em que ele caiu. Nada pôde deter a mão de Deus de exercer o juízo sobre ele.
Quem reluta em se prostrar vai ser quebrantado ou vai perecer eternamente. Não há meio termo, não há outra possibilidade, quem resiste e endurece só tem dois caminhos: Ou vai ser quebrantado ou vai perecer eternamente. Deus pode tornar qualquer pessoa louca. Quem sabe como Deus reagirá à sua constante rejeição, a despeito das constantes advertências. Deus pode quebrar você sem que haja cura. Deus não despreza o coração quebrantado. Erga seus olhos ao céu enquanto é tempo. O tempo de Deus é agora. É melhor ser quebrado por Deus agora do que perecer eternamente no inferno. Reconheça hoje a soberania de Deus na sua vida e volte-se para o Senhor!
C) A Conversão do Homem Quebrantado
Deus é tão bom e maravilhoso que mesmo quando Ele exerce o seu juízo Ele se lembra da misericórdia. Porque o propósito de Deus em agir assim na vida de uma pessoa não é para destruir, mas sim abrir os olhos dessa pessoa e o levar à conversão. Por isso Deus, às vezes, pode levar você ao fundo do poço para que você abra os olhos e veja que Deus é Deus, para que você se renda aos seus pés e reconheça que somente Ele é digno de ser adorado.
Deus se manifestou esplendidamente por três vezes na vida de Nabucodonosor. Por último Deus deu um tempo para ele se arrepender senão seu juízo viria contra a sua vida e o tiraria da sua zona de conforto. Ele não ouviu a Deus, veio o juízo e este homem foi jogado junto com os animais. Depois de um tempo, Nabucodonosor levanta os olhos e finalmente vê a Deus que restaura sua saúde e sua vida. Veja que Deus o mandou comer capim para não o mandar para o inferno. Essa é a eleição da graça, que leva o homem ao fundo do poço e depois o tira de lá. E o Deus que fere é o Deus que cura, o Deus que humilha também é o Deus que exalta. Até então Nabucodonosor dizia que Deus era o Deus que liberta, mas não se referia a Ele como o seu Deus, e sim o Deus dos outros, até que Deus o converte e o salva e Deus passa a ser o Deus de sua vida.
Percebeu como Deus salva? Primeiro o homem precisa ser confrontado com o seu pecado, ele precisa saber que está perdido, ele precisa reconhecer sua indignidade, ele precisa ser humilhado para finalmente ser quebrantado, porque no céu só entra pessoa quebrantada. Nabucodonosor tocava trombeta para si mesmo. Gostava de viver sob as luzes da ribalta. Aplaudia a sua própria glória. Adorava e exaltava a si mesmo. Deus, então, o humilhou, jogou-o no pó, mandou-o para o pasto comer grama, tirou suas roupas palacianas, molhou o seu corpo com o orvalho do céu e suas unhas esmaltadas viraram cascos. Esta é a graça soberana de Deus. Sabe por quê? Porque não é com todo mundo que Deus age assim. Com Belsazar Deus o destruiu no meio de sua prática do pecado, Deus tirou a vida dele sem dar a ele mais chance de se arrepender. Do mesmo modo Deus fez com Herodes quando ele estava acolhendo os aplausos do povo como se fosse um Deus e morreu comido de vermes.
Algumas pessoas chegam até a reconhecer as virtudes de Deus, mas nunca se rendem aos seus pés, nunca se curvam diante dele. Mas cuidado, porque Deus pode ir até às últimas consequências se o plano dele é salvar você, Deus vai ao fundo do poço com você, mas Ele não desiste de você, Ele não abre mão de você. Por isso, se Deus tem um plano na sua vida você pode tentar fugir, pode tentar fechar seu coração, pode tentar fechar seus olhos, pode tentar driblar Deus, pode tentar escapulir de Deus, mas Deus vai às últimas consequências sem desistir de você, até que você se dobre.
D) A Paciência Generosa de Deus
Deus não derrama o seu juízo antes de chamar ao arrependimento. Deus deu doze meses para Nabucodonosor se arrepender. Depois de um ano que o rei escuta a Daniel e não se arrepende Deus executa o seu juízo. A palavra era uma palavra séria, solene para ele, mas ele não mudou o rumo de sua vida, não mudou o curso de sua vida, ele continuou impenitente, endurecido, rebelde, soberbo e ele não se curvou diante da Palavra de Deus.
 Assim que Jesus foi elevado aos céus, as pessoas imaginavam que a sua volta se daria ainda naquela geração. Aos poucos, com os ensinos dos apóstolos, foi se percebendo que a volta de Cristo se daria em um futuro ainda distante. Desde então a Igreja tem esperado ansiosamente pela volta de Cristo. E porque ela não ocorreu ainda? Pedro, falando sobre isso, nos responde: Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento (2 Pd 3.9). Jesus não voltou ainda pela paciência e pela generosidade de Deus que não deseja a perdição de nenhum de seus filhos.
Deus está esperando que todos os que nasceram ou hão de nascer sejam salvos? Não! Deus está aguardando a salvação de seus filhos! E quem são eles? São todos aqueles que ouvem a pregação do Evangelho e aceitam a Jesus Cristo como seu único Salvador. A Bíblia diz: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome (Jo 1.12). São por estes que Jesus intercedeu em sua oração sacerdotal quando falou: É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus (Jo 17.9). Jesus estava intercedendo porque estava partindo e deixando suas ovelhas no meio de lobos: Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti... (Jo 17.11). Mas a vontade de Jesus era de não se separar de suas ovelhas: Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste... (Jo 17.24). Mas era necessário Ele partir e abrir o tempo da graça para a pregação do Evangelho. Por isso que a pregação do Evangelho em todo o mundo é a última profecia a ser cumprida: E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mt 24.14).
É o que está acontecendo hoje. Os filhos de Deus estão pregando o Evangelho a todos, pois não sabemos quem são os escolhidos de Deus, para que estes, ao ouvirem a voz do Evangelho, se arrependam dos seus pecados e se convertam a Cristo. É por isso que alguém lhe aborda na rua para lhe entregar um folheto, é por isso que alguém lhe faz uma visita e lê a Bíblia, é por isso que alguém lhe convida para ir à igreja, para que ouças a voz do Evangelho e te tornes indesculpável caso não aceite a salvação de Deus. E é justamente isso que Jesus quis dizer quando falou: Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão (Mt 10.26-28). Entendeu a paciência de Deus? Porque quando Jesus Cristo voltar a pregação do Evangelho cessará.
Deus nunca derrama o seu juízo antes de chamar ao arrependimento. Ninguém, no inferno, poderá dizer que está lá porque nunca ouviu a pregação do Evangelho. Noé pregou durante 120 anos. Sodoma teve o testemunho de Ló. Jerusalém, antes de ser levada cativa, ouviu o brado dos profetas que a convocou ao arrependimento. E Deus tem falado ao mundo através do Evangelho. Não sei como você tem reagido quando ouve o Evangelho, se você tem resistido à voz de Deus, se você tem adiado sua decisão, se tem deixado para depois a entrega incondicional de sua vida a Jesus, mas Deus não quer que você pereça e Ele tem lhe dado muitas oportunidades. Deus está dando para você, hoje, mais uma chance, mais uma oportunidade, e assim como a porta da Arca um dia se trancou e ninguém mais pode entrar, assim também a oportunidade da graça cessará e não haverá mais oportunidade de arrependimento e de salvação. Pense nisso com muita seriedade, porque esta é uma mensagem muito solene para você!
CONCLUSÃO
Esta história nos leva a nunca desistir da conversão de qualquer pessoa. Aquele que arruinou Jerusalém, que destruiu o templo, que carregou os vasos sagrados do templo, que esmagou a cidade, que levou cativo o povo, que adorava deuses falsos e era cheio de orgulho foi convertido. Não há coração tão duro que Deus não possa quebrantar e converter. Nabucodonosor era o homem mais poderoso do mundo e se esse homem foi convertido, podemos crer que não há conversão impossível para Deus. Portanto, todos podem se converter. Por isso, creia na conversão do ateu, do agnóstico, do cínico, do apático, do blasfemo, do feiticeiro, do idólatra, do viciado, da prostituta, do homossexual, do drogado, do assassino, do presidiário, do político, do universitário, do patrão, do cônjuge, do filho, dos pais. Creia! Evangelize! O Deus que salva está no Trono. Isso deve nos levar a ter mais ousadia na evangelização, porque para Deus não há impossíveis.
Também nos ensina que a razão porque alguém ainda não se converteu é porque ainda não está suficientemente quebrantado. O que falta para você se humilhar diante de Deus, para se dobrar aos pés do Deus todo poderoso? Você é muito orgulhoso para se prostrar? Acha-se muito importante ou bom demais para se humilhar? Cuidado! Deus pode ir às últimas consequências para te quebrantar. O grande perseguidor da igreja, Saulo de Tarso, só é convertido quando Jesus o joga no chão e ele, cego, humildemente se volta para Jesus quebrantado. Jesus não veio chamar justos, mas pecadores. Não veio curar os que se julgam sãos, mas os que reconhecem que são doentes e carentes.
Esta história é um alerta para a nossa geração, a geração do prazer, a geração que não quer pensar no destino da alma, a geração que tapa os ouvidos à voz de Deus. Muitos estão como Nabucodonosor, que diante da iminência do perigo está passeando e curtindo a vida, fechando os ouvidos às advertências de Deus. Que Deus te abençoe a abrir-lhe os olhos para entender a gravidade desta situação, do que é um homem viver calmamente enquanto ele está em perigo de morte. Dê toda a sua atenção ao alerta de Deus, não endureça o seu coração, não rejeite o convite de Deus, não faça parte do caminho do homem impenitente, porque o caminho que ele segue é caminho de morte, e assim ele segue para o inferno e lá terminará toda a sua alegria e os seus risos se transformarão em lágrimas. Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia principal:
Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.

Rev. Hernandes Dias Lopes: Estudos sobre o livro de Daniel